sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Brio sem Brilho

Na areia da praia ou no solo da mata... Quero passar com meus pés ao lado dos seus. Nas montanhas geladas ou nas dunas alagadas... Quero sentir ambas as brisas recorrendo aos nossos rostos. E todo o resto do corpo tremendo de felicidade. Ao pôr-do-sol ou ao céu estrelado em dia enluarado: ao olhar-te quero sentir seu gosto de contentamento, sentir-me compenetrada no seu jeito de  ser e viver. Essas histórias de amores impossíveis nós já conhecemos; o que queremos é esse amor recém-descoberto, porque quando seguro sua mão nada parece impossível. Me acalma, me lava a alma e os cabelos em queda de cachoeira. Desfaz todos os meus maus cachos, qualquer possível ondulação que me preencha. Apenas me enche de afagos, umidade e cumplicidade. 
O que seria de mim sem você numa dessas tardes?
Seria.

Passaria.
      .
            .
                   .

Lembraria...
indiferentemente.

Seriam as noites, todas sem brilho. Nem encanto.

 Sem luas ou estrelas. 
   Sem mistério.
     Sem contos e desejos; sem brigadeiros. 

Sem você. 

Açoite.

A dor está onde não está você, nesta noite...