sexta-feira, 26 de julho de 2013

Arrepio Frio.

Profundo... O frio do arrepio. Me vem  quando estou sozinha, quando temo do que ainda tenho de conquistar e nos dias que tremo por tudo que meu corpo já sentiu e está se lembrando, se contorcendo de tanto recordar. Vem da alma e vai até a raiz dos meus cabelos...
Ele chega, estremecido. E quanto mais carregado, maior sua duração. O frio do arrepio, é o calor do coração quente. Pois quando ele chega, meu ser está surpreso, estimulado, reanimado. E tudo isto só pode ser trama sua. Que me abusa, me usa. Sim, permito-te! Já que faço o mesmo. Tento sugar tudo o que é seu, tudo que lhe compõe. Não só te uso como reuso-te. Reciclo-te e reutilizo-te. Não por pena, e não só para fazer poema... Embora todos sejam sobre você (...) Mas é consequência, ou quem sabe, antecedência?!
A pressa está aqui. Na necessidade em te ter quente, e assim viabilizar os meus tremores que são causados de forma natural, porém acentuadamente, só ocorrem por ti. E não me questione, porque vem do meu mais profundo instinto, sem que explicado precise ser, já que nada mais importa se estou com você...
Então, venha... Me aquecer por dentro e jogar tudo o mais fora. Alinhe-me em teu peito e me faça um pedido: Qualquer que seja, será o desejo mais compreendido existente. E antes que as palavras lhe cheguem ao palato, terei de interrompê-las, pois a essa altura já sei de tudo: seus olhos escaparam de ti e surrupiei todo o seu anseio que veio diretamente de encontro ao meu. Compartilhados, nossos lábios transformaram tudo em segredo, e os guardaram no que nos faz lembrar do quão é bom ter o maior devaneio realizado...
Sem nada pedir ou ser cobrado, sem ser automático. Fuzilado foi ele mesmo, que antes de existir foi descoberto, e em nós ficou enterrado. Sem chance nem de lembrar o que havia sonhado...



segunda-feira, 22 de julho de 2013

Pedido Enganoso.

Como o que é maior que tudo, até maior que o mundo, pode acabar por tão pouco? E como isso ocorre incompreensivelmente?
Somos seres necessitados em entender o por quê de algo, ainda mais se este é tão essencial... Quando certo item perde o seu sentido, perdemos o gosto de vivê-lo. Se o amor tem que lutar por causas bobas e insignificantes pode indiciar o cansaço da luta por algo que deveria suceder naturalmente. No amor, nada pode ser cobrado, muito menos o perdão. O erro deve ser reconhecido pelo seu próprio autor, e não pelo denunciante.
Cada um tem seu tempo, e este não pode ser definido por alguém, nem mesmo pelo tempo físico. Tem de vir de dentro, como tudo que é verdadeiro. Pedir perdão para haver paz é formular uma guerra futura contra si mesmo, acima de tudo.
 Ah, perdão: Perdoe-me por não poder pedi-lo. Não agora, a essa hora. Em que nada parece estar onde devia. Dê-me meu tempo, para assim saber fazê-lo e bem. Como quando nos abraçamos e nada mais falta, tudo fica em seu devido lugar, mesmo de forma espaçosa, entendemos o que quer a sua e a minha, perfeita - mente.



domingo, 21 de julho de 2013

Talvez, se cuidar queira dizer se privar.

Ceder... Um dia todo mundo tem de. Pois não é possível que não se tenha alguém que seja maior do que seu próprio orgulho. E se a resposta for negativa, só negação! Afinal, quem em uma lenta tarde de terça nunca desejou algo profundo... Algo este que supere todos os seus males... E o fizesse fazer parte de um mundo totalmente novo, com cor de chuva lavando a grama e a floresta. Como saberJá que parece tão cedo para abandonar-me. Deixar de mim para pensar em algum outro amor que parece tão comum e externo. Prefiro me cuidar, para quando estiver pronto não correr o risco de sofrer, de forma tão vã... Ah, mal posso pensar! No quanto seria de mau gosto. Chorar por alguém que possa me fazer bem, mas que logo mais, me jogará fora.
Não acredito que não haja alguém que do coração, faça-me esquecer de minha própria feição. Amor próprio, sim, é bom. Mas até nisto é preciso ceder. E quem sabe, abrir os olhos para fora, e assim se torne possível o amor entrar e sair dentro de si! 


Recriar: Fazer o Mundo Sob o Céu do Seu Olhar!

Era uma vez uma menina que adorava pensar na vida e no por que das coisas que aconteciam. Não se conformava com respostas prontas, e queria ver além do que estava à frente dos olhos. Muitos a achavam diferente, sonhadora demais... Um tanto avoada e sensível. Mas isso é o que ela mesma vem tentando descobrir, contando suas histórias e escrevendo pensamentos aleatórios, ilusórios, que dizem respeito a tudo sobre esta busca incessante porém calmante do autoconhecimento, de descobrir-se e cobrir-se de novo... Até que se encontre o equilíbrio essencial entre o bem e o mal. Muito mais do que um conto de fadas, mas não menos encantador por ser surreal. Irreal apenas para os olhos de quem não sabe recriar e fazer o mundo sob o céu do seu olhar!


quinta-feira, 18 de julho de 2013

Resultado de Noites Perdidas, Para Encontrar-te.

Você me tira o sono
E sonho que um dia
Me coloque para dormir
E ao teu lado, adormeça.

Num sonho profundo,
Tão vívido e palpável
Pois o maior de todos
Está intacto, bem ao meu lado...


                                        ~               *             ~

Troco palavras,
Troco olhares,
Mas queria mesmo
Dividir...

A cama, as sinopses,
Os dramas... A vida.
Como se fosse apenas uma
Esta que simbolizaria o ápice de minha existência

Para banhar meus dias
E completar cada pedacinho
De minha'lma que diz estar em falta
Do seu ser em conjunção com o meu

E alega só assim poder ser
para haver-me.
E poder ter-te.
Pura brincadeira

De criar alegria.
Jorrar fonte de vida
Sem mais nada querer,
Precisar ser.


                                        ~              *            ~

Já que não posso tê-lo

É no meio da noite
Que desperto para
Me encontrar contigo.

São nestes encontros
Que me acalmo,
E sinto vontade de acordar,
Aturar o pesar dos dias

E de dormir, para renovar
Minha vida que se encontra
Infiltrada na sua.
O que sinto é belo demais

Para ser real.
O nosso amor pertence
Apenas aos meus sonhos
É lá estará, vividamente.



Vidas cruzadas, mas não enfatizadas...

Não me importo se as horas da madrugada consumirem todo o meu ser... Consuma-me pois também quero consumir-te! E que seja recíproco assim, até quando não tiver mais pique nem emoções para colocar nessas linhas, que mesmo novas, sinto que são minhas velhas amigas, em que posso denotar toda minha dor e meu amor...
Escrever não é para interesseiros. Gente que só faz algo pensando na troca. De você não espero nada, apenas respostas ou divagações de mim mesma. Esta é minha maior riqueza. Porém, ainda sinto que tudo que escrevo é muito vago perto do que a vida vivida presencia. Tão rica para cada um, e nada é igual a nada...
As vidas são tão contrastantes que até se parecem. Grande ilusão, talvez para tentar aliviar a dor, ouvindo: "Ah, já passei por esta situação" ou " isso acontece com  muitas pessoas".
Estas palavras te confortam?! Que incompreensível querer ter a vida comparada com as demais! Vivas para que sua vida seja única, e não uma mera ficha comparativa...
Faça de sua história uma singularidade enriquecida com suas pluralidades... E não de comparações vivenciais - superficiais. Enraíze-se, mas desprenda-se como as folhas do outono, que se soltam para que a partir delas uma nova vida possa surgir! 


O Gosto de Sentir...

Como o amor, que é símbolo da pureza, pode causar tanta dor? Desde quando amar machuca? Sinto em admitir,
mas isso ocorre desde sempre. Deve sê-lo mais velho do que o mundo. E quem é que se importa?
Certo poeta disse: "sofrer é coisa digna de respeito, suportar é coisa desprezível." Bem verdade o que essas palavras trazem... Quando se sofre por algo que "vale a pena", é aparente. E quando vemos que de nada vale, sofremos do mesmo jeito. Por mera vaidade de aprender mais uma. (Põe na conta!) - Mas esta nunca é a saideira... -  a qual não está nem aí para aprender; quer mais é se aproveitar deste momento e você que se vire e desvire para resolver este estudo mais do que aprofundado. Mero ego? Pois então fique você com todos os gostos e desgostos de amar! - (Com todo prazer!)