quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Laços de Ar!

Uma pessoa não me conquista pelas suas vestes, pelo seu cheiro ou maneira de se portar.
O que me encanta é o seu olhar. O de dentro. O que ela vê. Que pode ser maravilhoso ou não, mas isso é mutável. Eu gosto do que não muda. Daquilo que se cravou no peito quando nem existíamos. Mas eu sei, sei deveras que amo-te desde quando não sonhávamos. E este encontro foi sorte! Porque nossa hora haveria de chegar, seja hoje ou amanhã. Não nos escaparia.
Brilhará, intensamente, sobre nossos dias a lembrança do que nunca veio, mas insiste em ficar. Quer espionar tudo de perto, sendo um narrador intruso a cruzar nosso caminho pela chegada ao destino!
Este mais que certo, já que vim destinada, sem saber, ao seu ser...
Porém, como ousaria duvidar do que é tão exato? Que mostra os resultados sem precisar resolver fórmula alguma... E ainda tem a ousadia de me encantar, como se fosse magia. Claro que é! Nada mais me choca e impregna, cheia de si. De nós. Soltos, podemos ver o mundo sob o nosso olhar; presos, queremos nos libertar; livres, sinta-se assim para me amar! Como eu, desde quando nem tínhamos nós, eu, ventre. Entre, este sempre foi seu. Vista-se, impregne seu cheiro, tão seu. E olhe. Aqui. É o seu, o nosso lugar!



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