segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Qual a altura do seu sonho?

Percebi... Que é aqui que gosto de ficar. Que quando algo me leva para longe, tudo fica submerso -sem nexo - sem contexto nem desejo. Quero volta e meia voltar... Sentir o gosto da água salgada do seu mar. Que é imutável mas sempre, constantemente renovada. Mesmo que seja de lembranças que voltam, são outras; novas.
Vem, goteja-me com seu soro mágico; alimenta-me nem que seja com o último toque de vida. Ria, pois quando miro-te neste estado, tudo volta à tona... Que é triste, alegre, fim e sem fim. Tudo migra-se para um universo paralelo, onde o horizonte acolhe mas também expande. Coloca tudo numa caixa - de novo - mágica, a qual os sabores têm o mesmo gosto. Muda-se apenas o sentido... A pimenta torna-se amena. A couve-flor pode virar árvore. Vinho tinto, acalento. O tabuleiro de xadrez vira calçada. A avó faz ceroula virada. E é assim que a gente volta.
Envoltos à caixa, esta que se torna um círculo; como se fosse uma ciranda daquelas da infância - em que a gente não lembra de onde começa - e muito menos em que momento a roda vai deixar de sê-la para virar pião; que quando enche-se de ar, torna-se balão... E tudo o mais fica assim: tão abaixo do chão...




Nenhum comentário:

Postar um comentário