Vem, goteja-me com seu soro mágico; alimenta-me nem que seja com o último toque de vida. Ria, pois quando miro-te neste estado, tudo volta à tona... Que é triste, alegre, fim e sem fim. Tudo migra-se para um universo paralelo, onde o horizonte acolhe mas também expande. Coloca tudo numa caixa - de novo - mágica, a qual os sabores têm o mesmo gosto. Muda-se apenas o sentido... A pimenta torna-se amena. A couve-flor pode virar árvore. Vinho tinto, acalento. O tabuleiro de xadrez vira calçada. A avó faz ceroula virada. E é assim que a gente volta.
Envoltos à caixa, esta que se torna um círculo; como se fosse uma ciranda daquelas da infância - em que a gente não lembra de onde começa - e muito menos em que momento a roda vai deixar de sê-la para virar pião; que quando enche-se de ar, torna-se balão... E tudo o mais fica assim: tão abaixo do chão...
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